sábado, 12 de julho de 2014

No que acreditamos?

Por Frederico Carvalho*

     No que acreditamos? No orgulho? Na improvisação? Na ginga? No jogo de cintura? No jeitinho?

     Quando aprenderemos a acreditar em planejamento, investimento, formação continuada, honestidade e perseverança?

     O Brasil não perdeu a viagem. O Brasil tem perdido o “bonde” da história. Sim, o bonde mesmo, pois não tem transporte ferroviário de qualidade para perder.

     O Brasil precisa ter saúde para não morrer na praia. Mas não é na praia que mais se morre. É nos hospitais públicos, carentes de pessoal e de medicamentos, sabia, Fenômeno?

     É claro que o futebol não é uma guerra, mas um esporte em que se exploram os recursos próprios e que se procura explorar os erros dos adversários para se conquistar a vitória.         Quem conquista territórios tem mais chances de atingir suas metas.

     O que vimos no Brasil X Alemanha foi a supremacia do planejamento sobre o empirismo. A supremacia da tática sobre a desorganização. Do coletivo sobre o individual. Foi o “um por todos e todos por um”, de Alexandre Dumas.

     Rezo para que não haja guerras no Brasil. Mas se houver, estamos devidamente ferrados porque não teremos como defender nosso território. Não temos armas, aviões, contingente humano e nem respeito do governo com relação às Forças Armadas. Não perderíamos somente de 7 a 1. Perderíamos água, vegetação, território, recursos minerais e dignidade.

     Rezo para que a economia melhore e que não continuemos comprando refinarias estrangeiras sem ler contrato e nem ofertando as nossas para os países latinos com a desculpa da soberania nacional do vizinho.

     Rezo para que os bancos nacionais amortizem as dívidas de nossos assalariados em nível de chão, de empresários que lutam para manter seus compromissos em dia e que não se gaste tanto em perdoar dívidas de países que não gastam com seu povo, mas com seus governantes.

     Rezo para que tenhamos mais educação no Brasil, para que sejam despertas novas lideranças culturais, científicas, educacionais, econômicas e políticas, que coloquem o bem comum acima dos interesses pessoais.

     Copa, teremos daqui a quatro anos. Eleições são de dois em dois e estamos achando difícil acertar o passo.

     Queria ver o Brasil no pódio, mas não estou triste nem decepcionado. Mais decepção eu sinto é quando o nosso país tem tudo para ser mais desenvolvido e o próprio governo não luta pelo coletivo.

*Presidente da UNIJOR, Diretor da TV Ponto de Vista


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