quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Presidente suspende temporariamente as contribuições de Associados

O Presidente da UNIJOR, comunicador Frederico Carvalho, baixou resolução que anistia, temporariamente, os Associados, de suas contribuições mensais.
O objetivo é oxigenar a Entidade e estimular a participação dos Associados nos diversos projetos que estão prestes a se desenvolver.

VEJA O TEXTO:

RESOLUÇÃO 01/2013

O Presidente da UNIÃO DE JORNALISTAS E COMUNICADORES DE SÃO GONÇALO  - UNIJOR – no uso de suas atribuições, faço saber  que:

Artigo Primeiro – Ficam suspensas, provisoriamente, todas as cobranças de Tesouraria aos Associados da UNIJOR, referentes às suas contribuições regulares mensais, a partir do mês de dezembro de 2013.

Artigo Segundo – Tal suspensão de recolhimento mensal ocorrerá até que o Quadro Associativo seja considerado estável pela Diretoria Executiva.

Artigo Terceiro – O recolhimento da contribuição mensal voltará a ocorrer no mês subsequente à reunião em que for comprovada regularidade do Quadro Associativo.

Artigo Quarto – Estão anistiados todos os Associados em débito, garantido o direito de retomar suas contribuições, em igualdade com os demais, ao fim da vigência da presente Deliberação.

Artigo Quinto – Revogam-se todas as disposições em contrário.

                São Gonçalo, 19 de novembro de 2013




Frederico Carvalho
- Presidente -

sábado, 2 de novembro de 2013

Primeiro Secretário da UNIJOR e da ABI homenageia Maurício Azêdo.

O Presidente da ABI, Maurício Azêdo, faleceu em 25 de outubro de 2013
Maurício Azedo
(Por José Pereira da Silva, Pereirinha)

Faleceu, aos 79 anos, o jornalista e advogado Maurício Azedo, presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Hospital Samaritano, sexta (25/10/2013), e foi sepultado no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju, sábado. Maurício dedicou a maior parte de sua vida à defesa das liberdades democráticas, entre elas a de uma imprensa livre, do direito que todos temos de expressar-se livremente, mas com responsabilidade, e dos direitos humanos.
A coluna rende homenagem a esse homem singular, um bravo e valente guerreiro da palavra e das ações humanas que, destemido, combateu o bom combate, colocando em risco a própria vida nos anos negros da ditadura militar. Mesmo naqueles terríveis anos de luta fratricida, Maurício Azedo foi um mensageiro da paz. Jamais deixou um amigo na beira do caminho e sempre esteve ao lado da Justiça, tentando salvar os injustiçados, a qualquer hora do dia e da noite. 

Resgate da ABI

À frente da ABI, sucedendo gloriosamente inigualáveis nomes e bastiões das liberdades democráticas, como Barbosa Lima Sobrinho, cujos legados Maurício Azedo honrou com imensa sabedoria ao trabalhar pelo resgate da imagem da instituição ABI perante à sociedade e aos governos democráticos que passaram a conduzir os destinos da Nação brasileira depois dos anos negros que tingiram de sangue o chão da nossa pátria querida.
Como os seus antecessores de saudosa memória, Maurício Azedo não se descuidou da defesa do imperioso direito dos jornalistas exercerem a profissão com liberdade, com senso crítico e ética profissional. E foi além disso, trabalhando incansavelmente para recuperar as finanças da ABI com interlocução com deputados, senadores e representantes dos governos federal, estadual e a Prefeitura do Rio. Foi assim que Maurício Azedo, ao partir, deixou a ABI financeiramente saneada, inclusive com reserva nos cofres e nos bancos e quem assumir o seu posto terá obrigatoriamente que dar continuidade ao seu trabalho.

Reformas Estruturais

Paralelamente, Maurício Azedo procurou por em prática um plano, um não, vários, para trazer de volta ao seio da ABI velhos e novos companheiros que haviam dela se afastados. Um deles foi a reforma estrutural do Edifício Herbert Moses, por dentro e por fora. Sua primeira obra foi a reestruturação da menina dos seus olhos, a Biblioteca Bastos Tigre, memória histórica da imprensa brasileira, e um dos mais importantes espaços culturais da cidade, dando acesso ao seu rico acervo aos pesquisadores, professores e estudantes de Comunicação do país.
Maurício Azedo ainda tinha muito por fazer, mas fez outra coisa muito importante na área da cultura, da história e da comunicação. O exemplo tão importante quanto ao da Bastos Tigre foi a reformulação do Jornal da ABI, que ganhou um formato inovador, tecnicamente muito próximo da perfeição, com páginas de entrevistas com velhos companheiros, pessoas que fizeram história no campo jornalístico, seja no impresso, seja na televisão, e matérias relevantes de grande interesse sócio-cultural e político.  O site da ABI, no internet, é outro exemplo de sua marca gestora.
Querido Maurício Azedo, sua passagem pela vida foi marcante, inclusive na política, como vereador e prefeito interino do Rio de Janeiro, e no Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro. Seu nome jamais será esquecido por nós que o queremos tanto bem. Não sendo eu ateu, nem agnóstico, mas respeitoso com todos aqueles que sabem defender, sem maniqueísmo, suas ideologias e credo, digo: descanse em paz ao lado do Senhor (PS).


domingo, 16 de junho de 2013

Novos Associados

O Conselho de Admissão da UNIJOR, composto por J. Sobrinho (presidente), Lourival Prevot (secretário), Pereira da Silva, Everson Chemale e Assuéres Barbosa, aprovou entrada dos seguintes novos associados:

  1. Wilson Santos de Vasconcelos - Blog Tafulhar
  2. Luciano Campos Tardock - Blog Memória de São Gonçalo
  3. Mia Malafaia - Rádio Tupi - Rio Bonito
  4. Agliberto Mendes - Blog do Vovozinho
  5. Valdeci Freitas - TV Ponto de Vista.
Parabéns aos novos membros!

segunda-feira, 27 de maio de 2013

HINO A SÃO GONÇALO: acalanto por uma cidade violentada!


“São Gonçalo, cidade mui singela
  Erguida nos encantos de aquarela,
  Namorada de nós, os gonçalenses,
  Cidade que cresce dia a dia
(...)
Teu passado, cidade, foi honroso
  Teu futuro será maravilhoso...”

(Trechos do Hino a São Gonçalo
 Letra do professor Geraldo Lemos)


     Lindo hino!

     Belas aspirações!

     Nosso professor Geraldo Lemos, orgulho vivo de nosso município, é um excelente poeta, mas deixa a desejar como visionário. E por isso, tenho que fazer o “mea culpa”: há anos atrás, eu o recriminei porque ele achava que o Hino a São Gonçalo não mais correspondia ao que a cidade se tornara. E chegou a pedir ao Legislativo Gonçalense que desconsiderasse sua poesia como letra do hino, no que foi ignorado. E hoje quero me desculpar e pedir ao meu amigo Geraldo que rasgue aquela minha redação, censurando por sua atitude de protesto. Mais do que isso, junto-me ao seu protesto, lutando com ele para que as aspirações contidas em sua bela poesia não se desmanchem nos atos dos maus políticos.

     A “Manchester Fluminense”, Geraldo, não existe há muito tempo! Somos cidade-dormitório! Se você me permite, eu trocaria o verso “cidade que cresce dia a dia” por “cidade que incha dia a dia”.

     Vejamos, pois:

     Somos o segundo Colégio Eleitoral do Estado do Rio de Janeiro. Todo mundo vem pedir voto aqui, não obstante o partido. Mas o que nos dão em troca, meu querido amigo?

     Num governo aí pra trás, colocaram a ufanista placa: “A refinaria é nossa!”. Mas não somos Itaboraí. Disseram que São Gonçalo seria o Centro de inteligência do Comperj... cadê? O Governo do Estado prometeu barcas ligando São Gonçalo ao Rio, para desafogar o trânsito... alguém viu? Inúmeras eleições, políticos se dando bem com a promessa da Linha 3 do Metrô, que não serviria só a nós, mas a niteroienses e itaboraienses... o Rio já tem a linha 4 em andamento e nós não podemos nem sonhar com a 3. Baita desrespeito com a ordenação matemática. Baita desrespeito com a lógica. Baita desrespeito com o povo amontoado nos ônibus lotados e lentos. Os “dormidores” de São Gonçalo precisam acordar cedo para enfrentar horas de condução para a Cidade Maravilhosa. Com sorte, dormem um pouquinho no Rio, um pouquinho em Niterói, até chegarem à casa.

     São Gonçalo perdeu um quartel do Exército, um Batalhão da PM em Neves, o Batalhão Florestal, o Palacete do Mimi... mas ganhou dois presídios, mais um lixão travestido em aterro que nunca foi – e que carinhosamente recebe o lixo de todas as cidades do entorno. Herdou a bandidagem das UPPs e ainda é candidata “hors concours” a receber todos os desabrigados existentes em Niterói e até em outras cidades.
Na (des)administração passada, contrariando a Constituição Federal e o Código Civil, teve uma praça vendida – a Carlos Gianelli, no Alcântara – para empresários de ônibus e de shopping. Rasgaram a Carta Magna em nome do progresso – próprio, é claro!

     Se não estivesse “sub judice”, a Fazenda Colubandê, um dos mais notáveis patrimônios históricos, arquitetônicos, culturais e paisagísticos da cidade, já estaria nas mãos do “Minha Casa, Minha Vida”, que não deveria se parecer com um trator de destruição do patrimônio do povo.

     E agora a área histórica, cultural, arquitetônica, paisagística e ambiental do antigo 3º BI está ameaçada!
Servindo de morada aos desabrigados da enchente de 2010, que causou o desmoronamento do Morro do Bumba, esse patrimônio vivo, encravado no útero gonçalense, está sendo usado para abrigar os de Niterói. Querem fazê-lo de casas populares com o objetivo de desconstruir de forma torpe e vil a nossa história. Mas ninguém pensa em usar o maravilhoso patrimônio para melhorar a segurança do Município, com mais de um milhão de habitantes “dormidores” em sua maioria, para que se fixem aqui. Não pensam em aumentar o efetivo da PM, em criar um novo batalhão, em melhorar as delegacias, em criar postos de saúde, bibliotecas, teatros, museus, escolas técnicas, área de lazer... nada! Amontoar desabrigados ali, sem Estudo de Impacto Ambiental, sem levar em conta os recursos hídricos existentes na área e que precisam de preservação, é o objetivo. Oferecerão inundação aos que já sofreram com inundação.

     São Gonçalo não precisa continuar dormindo e nem está de olhos fechados.

     O morador de São Gonçalo é humano, mas os gestores de Niterói e do Estado também precisam ser.
Procurem outras áreas para abrigar, com respeito, os que sofreram com a perda de suas moradas. Mas não destruam o pouco que sobra do município, para que ele possa ressurgir das cinzas em que se torna ante as ações eleitoreiras dos maus políticos, todos os dias.

     Enfim, respeitem São Gonçalo e deixem o Hino cantar a verdade há muito aspirada!


Frederico Carvalho é professor, comunicador, diretor da TV Ponto de Vista (www.tvpontodevista.com.br), presidente da Comissão do Centenário do Prefeito Joaquim Lavoura,  Ex-presidente do Rotary Club de São Gonçalo e atual Presidente da União dos Jornalistas e Comunicadores de São Gonçalo (UNIJOR-SG)

DA FRIGIDEIRA PARA O FOGO (Frederico Carvalho)

“Deus, oh Deus! Onde estás que não respondes?” (Castro Alves)

“A fome é má conselheira” (Provérbio Português)


     Em 18 de maio de 2013, aconteceu uma Audiência Pública da Câmara Municipal de São Gonçalo, para se discutir a situação do possível destombamento da área do 3º Batalhão de Infantaria, hoje sob domínio do Estado.

     Um grupo de pessoas, inclusive eu, possuíam o objetivo de mostrar que aquela área é solo sagrado em termos de história, de cultura e de ecologia. E principalmente mostrar que há milhares de áreas, em São Gonçalo, esperando uma ação dos governos para que casas possam ser construídas com facilidade.
Deparei-me com duas situações inusitadas:

     A primeira situação foi a presença do representante do Governo do Estado, que fez uma breve apresentação, com o objetivo de convencer os presentes de que os prédios que seriam conservados, bastariam para manter o acervo arquitetônico e histórico. E que a montoeira de prédios a serem construídos não trariam dano ao meio ambiente porque as áreas íngremes seriam preservadas.  Mostrou uma “planta” que me lembrou aquelas plantas de condomínios, em que a Construtora promete três andares de garagem, mas que acaba entregando uma garagem apertada num andar e dois andares de lojas ou escritórios, fora do objetivo inicial. E quem quiser, ganhe a vaga no sorteio ou pague, às ocultas, pela melhor. Os outros que se lixem!

     Não era uma questão de negociação. O plano estava traçado!

     Falou em segurança, mas o que entende o governo do Estado, do quesito segurança em nossa cidade? Será que ele não sabe onde estão os evadidos das áreas Upepezadas? Se não há aumento de contingente policial em São Gonçalo, como é que oferecem segurança? Não falam em quartel de PM, em Delegacia, em Corpo de Bombeiros, em teatro, museu, escola, restaurante popular, barcas para o Rio, estádio, Metrô...NADA!

     Para São Gonçalo ficam presídios, lixões registrados como aterros, ônibus caros, lotados e morosos, insegurança, postes apagados, criminalidade, doenças e desabrigados. Muitos desabrigados. Desabrigados que esperam uma solução dos governos há anos seguidos. Quem não conhece a história sofrida de todos os que moram – ou moraram - nas áreas que foram alagadas?

     Mal comparando, as pessoas desabrigadas das enchentes foram tratadas com o mesmo descaso que a Praça do Alcântara, que a Fazenda Colubandê, que a área do 3º BI... foram deixadas de lado, sem vez, sem voz, sem poderem se utilizar do próprio direito. Diferentemente das áreas mal utilizadas ou menosprezadas, o ser humano reage ao menosprezo quando percebe oportunidade. Muito mais se vê uma nesga de chance de sair da situação da penúria. E como a fome é má conselheira, porque leva o faminto a se exceder, a falta de habitação, provocada por tantos anos, é má conselheira premeditadamente ao dispor dos que precisam urgentemente habitar.

     Daí surge a segunda situação. Com tanta terra que pode servir para a construção de condomínios mais modestos em São Gonçalo, com tanta possibilidade de se fazer obras nas áreas castigadas, como já fizeram em tantos lugares nesse país – não esqueçam que Cubatão, hoje exemplo, já foi a cidade mais poluída e sofrida deste Brasil – resolvem que o melhor é transformar uma área de significativa importância num lugar que será brevemente esquecido pelas autoridades. Garantem que a comunidade não terá bandidagem, que terá casa de graça, área de lazer, biblioteca pública, saúde e tudo o mais. E quem não tem com o quê se agarrar, se agarra com o que oferecem, mesmo que o CONAR não tenha comprovação do teor da propaganda. Imagine finalmente poder morar. E morar de graça. E morar pertinho de Niterói. É uma esperança eleitoreira, é obvio, mas é a única que lhes deram até agora. E eu tenho solidariedade porque a dor que sofrem é, no mínimo, dilacerante.

     Política cruel que usa as necessidades do povo contra o próprio povo. É por isso que não se deve estudar, não se deve ter cultura, não se deve cultuar os bons exemplos, não se tem acesso a bons livros... bom mesmo é bigui-bródi, violência, perseguição midiática à polícia que atua, SUS que não atende, escolas que aprovam de qualquer maneira, direitos interpretados unilateralmente pelo caos social. No fundo são as constatações de Maquiavel em pele já surrada de cordeiro.


     Mas como o “Mestre dos mestres” orientou a vigiar e orar, vou fazendo ambos, esperando a resposta ao chamamento que, há muito, Castro Alves formulou.

Habitações no BI: “Tudo pela Cidade Dormitório!”

Artigo escrito por Frederico Carvalho,
presidente da UNIJOR, ilustrando o
horror que  São Gonçalo passa  com
os desmandos a ela impostos.


     Na década de 1960, por ocasião daquele triste episódio do incêndio do circo, Niterói não tinha como arcar com o número de mortos da tragédia. A solução encontrada, por boa vontade do município vizinho, foi enterrar as vítimas em São Gonçalo, numa área praticamente central, que servia de vista bucólica para o então Palacete do Mimi, um lugar de glamour e de grandes festas seletas, com gente importante circulando, dando a São Gonçalo a visibilidade que merecia no cenário de então. A vista bucólica se encheu de enterros, corpos, sepulturas... Aos poucos o Palacete foi perdendo o seu glamour. Os vivos ilustres deram lugar aos mortos da tragédia. A “Manchester Fluminense” começou a se desfigurar e a cidade se tornou “dormitório”. Aliás, não se libertou do título.

     Em 2010, novo desastre abala São Gonçalo e Niterói. Uma enchente terrível vitima inúmeras pessoas em áreas ribeirinhas e próximas à Baía de Guanabara, em São Gonçalo. Em Niterói, o Morro do Bumba, formado a partir de entulho, desmorona. Mortos e desabrigados nos dois municípios. O lixão do Morro do Céu está superlotado. Corre o mesmo risco de desabamento. São Gonçalo socorre os desabrigados de Niterói com mais afinco do que cuida de seus próprios desabrigados do entorno de Itaóca. Na mesma Itaóca do então lixão condenado, caminhões e caminhões de lixo do Bumba foram vazados, inclusive com restos mortais humanos, sem o menor cuidado com a saúde pública. E a Itaóca sofrida ainda tinha que ter fôlego para socorrer Niterói quando ela própria precisava de socorro.

Construíram no Anaia, local de relevante cuidado ambiental, um “Aterro Sanitário”, que substituiria o Lixão de Itaóca, com higiene e proteção total ao meio ambiente. Muitos de nós já denunciávamos que o local fora mal escolhido, que se tornaria um lixão e que traria danos à população local. Estávamos errados? Anaia é lixão (lixão mesmo!) privado, no qual se vaza resíduos de São Gonçalo, Niterói, ou de qualquer lugar que ali quiser fazer o seu despejo. É ali, em meio ao mau cheiro, à insalubridade e aos urubus, que vão construir casas populares, quase que tratando pessoas como lixo e as despejando no próprio lixo. E São Gonçalo continua dando a sua contribuição pelo progresso dos outros, à custa de si própria.

     Moradores do entrono de Itaóca, sofridos pelo lixo e pela mesma enchente do Bumba, ficaram abandonados e ainda perderam seu sustento, tirado do lixo, pela desativação do vazadouro local. Empresas assumem e tratam as famílias com descaso infindo, diferentemente da ação em Gramacho, em que os moradores foram bem tratados. Aqui desemprego, desabrigo, doença e fome. Mas o metano é uma grande fonte de renda para quem o recolhe. O pobre morre pelo bem estar financeiro de alguns ambiciosos.
E agora a área do 3º BI. Incursões insistentes sobre os políticos locais para destombamento da área. Área essa de importante projeção histórica e ambiental para o Município. Aqui querem construir casas populares. Mas        quem disse que precisamos de casas populares? Mais casas significa mais moradores. Moradores esses que vão trabalhar em Niterói, no Rio ou em Itaboraí. Aqui eles só vão dormir. “CIDADE DORMITÓRIO!” Dormem em São Gonçalo, trabalham oito horas por dia fora daqui, passam quatro horas em condução e não têm tempo para estudar ou para recrear. “CIDADE DORMITÓRIO!” E se não estudam não pegam as melhores posições de trabalho. Ganham pouco e gastam onde trabalham mais do que na própria “CIDADE DORMITÓRIO!” em que residem. Mesmo porque quem está em Venda da Cruz prefere pegar um ônibus para Niterói do que para São Gonçalo. É mais vantagem gastar lá do que aqui. Todo mundo ganha, menos São Gonçalo que só tem cultura por causa da abnegação de alguns e, diga-se de passagem, pela boa vontade do Secretário atual.

     São Gonçalo não precisa aumentar o número de dormitórios. Ao contrário precisa acordar para seus reais problemas que, pela ordem, não apresentam habitação em primeiro lugar.
No 3º BI nós precisamos é de um quartel da PM, de um quartel de Bombeiros, de delegacia, de posto de saúde, de área de lazer, de ponto de cultura, de centro esportivo. Tudo o que se possa fazer pela preservação da identidade histórica e ambiental do Município, prestando serviços de qualidade para o Munícipe.

     Mais do que habitação, nós precisamos de segurança porque as UPPs cariocas estão nos sufocando e nosso pobre 7º Batalhão tem pouco contingente para os que já moram aqui.

     Mais do que habitação, precisamos de mais saúde, de mais escolas de qualidade, de turismo estimulado, de cultura sendo respirada nos quatro cantos deste rincão.

     Não faltam áreas passíveis de desapropriação para construir casas populares. O que faltam são áreas de qualificação do trabalhador, condução digna, criação de empregos que permitam que se trabalhe perto de casa, com dignidade.

     Se não acordarmos agora, continuaremos menosprezando São Gonçalo. Dorme-se aqui para se gastar lá. Quem dorme não precisa de serviços que qualidade. Esses são para os que estão acordados e ativos.
Abaixo o destombamento do BI!

     Abaixo a subutilização do espaço!


     Não queremos mais dormir. Precisamos acordar para o progresso!

domingo, 12 de maio de 2013

Mensagem escrita em Janeiro, pelo então Papa Bento XVI, pelo Dia Mundial das Comunicações Sociais



MENSAGEM DO PAPA BENTO XVI
PARA O 47º DIA MUNDIAL
DAS COMUNICAÇÕES SOCIAIS
«Redes sociais: portais de verdade e de fé; novos espaços de evangelização»
[12 de Maio de 2013] 


Amados irmãos e irmãs,
Encontrando-se próximo o Dia Mundial das Comunicações Sociais de 2013, desejo oferecer-vos algumas reflexões sobre uma realidade cada vez mais importante que diz respeito à maneira como as pessoas comunicam actualmente entre si; concretamente quero deter-me a considerar o desenvolvimento das redes sociais digitais que estão a contribuir para a aparição duma nova ágora, duma praça pública e aberta onde as pessoas partilham ideias, informações, opiniões e podem ainda ganhar vida novas relações e formas de comunidade.
Estes espaços, quando bem e equilibradamente valorizados, contribuem para favorecer formas de diálogo e debate que, se realizadas com respeito e cuidado pela privacidade, com responsabilidade e empenho pela verdade, podem reforçar os laços de unidade entre as pessoas e promover eficazmente a harmonia da família humana. A troca de informações pode transformar-se numa verdadeira comunicação, os contactos podem amadurecer em amizade, as conexões podem facilitar a comunhão. Se as redes sociais são chamadas a concretizar este grande potencial, as pessoas que nelas participam devem esforçar-se por serem autênticas, porque nestes espaços não se partilham apenas ideias e informações, mas em última instância a pessoa comunica-se a si mesma.
O desenvolvimento das redes sociais requer dedicação: as pessoas envolvem-se nelas para construir relações e encontrar amizade, buscar respostas para as suas questões, divertir-se, mas também para ser estimuladas intelectualmente e partilhar competências e conhecimentos. Assim as redes sociais tornam-se cada vez mais parte do próprio tecido da sociedade enquanto unem as pessoas na base destas necessidades fundamentais. Por isso, as redes sociais são alimentadas por aspirações radicadas no coração do homem.
A cultura das redes sociais e as mudanças nas formas e estilos da comunicação colocam sérios desafios àqueles que querem falar de verdades e valores. Muitas vezes, como acontece também com outros meios de comunicação social, o significado e a eficácia das diferentes formas de expressão parecem determinados mais pela sua popularidade do que pela sua importância intrínseca e validade. E frequentemente a popularidade está mais ligada com a celebridade ou com estratégias de persuasão do que com a lógica da argumentação. Às vezes, a voz discreta da razão pode ser abafada pelo rumor de excessivas informações, e não consegue atrair a atenção que, ao contrário, é dada a quantos se expressam de forma mais persuasiva. Por conseguinte os meios de comunicação social precisam do compromisso de todos aqueles que estão cientes do valor do diálogo, do debate fundamentado, da argumentação lógica; precisam de pessoas que procurem cultivar formas de discurso e expressão que façam apelo às aspirações mais nobres de quem está envolvido no processo de comunicação. Tal diálogo e debate podem florescer e crescer mesmo quando se conversa e toma a sério aqueles que têm ideias diferentes das nossas. «Constatada a diversidade cultural, é preciso fazer com que as pessoas não só aceitem a existência da cultura do outro, mas aspirem também a receber um enriquecimento da mesma e a dar-lhe aquilo que se possui de bem, de verdade e de beleza» (Discurso no Encontro com o mundo da cultura, Belém, Lisboa, 12 de Maio de 2010).
O desafio, que as redes sociais têm de enfrentar, é o de serem verdadeiramente abrangentes: então beneficiarão da plena participação dos fiéis que desejam partilhar a Mensagem de Jesus e os valores da dignidade humana que a sua doutrina promove. Na realidade, os fiéis dão-se conta cada vez mais de que, se a Boa Nova não for dada a conhecer também no ambiente digital, poderá ficar fora do alcance da experiência de muitos que consideram importante este espaço existencial. O ambiente digital não é um mundo paralelo ou puramente virtual, mas faz parte da realidade quotidiana de muitas pessoas, especialmente dos mais jovens. As redes sociais são o fruto da interacção humana, mas, por sua vez, dão formas novas às dinâmicas da comunicação que cria relações: por isso uma solícita compreensão por este ambiente é o pré-requisito para uma presença significativa dentro do mesmo.
A capacidade de utilizar as novas linguagens requer-se não tanto para estar em sintonia com os tempos, como sobretudo para permitir que a riqueza infinita do Evangelho encontre formas de expressão que sejam capazes de alcançar a mente e o coração de todos. No ambiente digital, a palavra escrita aparece muitas vezes acompanhada por imagens e sons. Uma comunicação eficaz, como as parábolas de Jesus, necessita do envolvimento da imaginação e da sensibilidade afectiva daqueles que queremos convidar para um encontro com o mistério do amor de Deus. Aliás sabemos que a tradição cristã sempre foi rica de sinais e símbolos: penso, por exemplo, na cruz, nos ícones, nas imagens da Virgem Maria, no presépio, nos vitrais e nos quadros das igrejas. Uma parte consistente do património artístico da humanidade foi realizado por artistas e músicos que procuraram exprimir as verdades da fé.
A autenticidade dos fiéis, nas redes sociais, é posta em evidência pela partilha da fonte profunda da sua esperança e da sua alegria: a fé em Deus, rico de misericórdia e amor, revelado em Jesus Cristo. Tal partilha consiste não apenas na expressão de fé explícita, mas também no testemunho, isto é, no modo como se comunicam «escolhas, preferências, juízos que sejam profundamente coerentes com o Evangelho, mesmo quando não se fala explicitamente dele» (Mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais de 2011). Um modo particularmente significativo de dar testemunho é a vontade de se doar a si mesmo aos outros através da disponibilidade para se deixar envolver, pacientemente e com respeito, nas suas questões e nas suas dúvidas, no caminho de busca da verdade e do sentido da existência humana. A aparição nas redes sociais do diálogo acerca da fé e do acreditar confirma a importância e a relevância da religião no debate público e social.
Para aqueles que acolheram de coração aberto o dom da fé, a resposta mais radical às questões do homem sobre o amor, a verdade e o sentido da vida – questões estas que não estão de modo algum ausentes das redes sociais – encontra-se na pessoa de Jesus Cristo. É natural que a pessoa que possui a fé deseje, com respeito e tacto, partilhá-la com aqueles que encontra no ambiente digital. Entretanto, se a nossa partilha do Evangelho é capaz de dar bons frutos, fá-lo em última análise pela força que a própria Palavra de Deus tem de tocar os corações, e não tanto por qualquer esforço nosso. A confiança no poder da acção de Deus deve ser sempre superior a toda e qualquer segurança que possamos colocar na utilização dos recursos humanos. Mesmo no ambiente digital, onde é fácil que se ergam vozes de tons demasiado acesos e conflituosos e onde, por vezes, há o risco de que o sensacionalismo prevaleça, somos chamados a um cuidadoso discernimento. A propósito, recordemo-nos de que Elias reconheceu a voz de Deus não no vento impetuoso e forte, nem no tremor de terra ou no fogo, mas no «murmúrio de uma brisa suave» (1 Rs 19, 11-12). Devemos confiar no facto de que os anseios fundamentais que a pessoa humana tem de amar e ser amada, de encontrar um significado e verdade que o próprio Deus colocou no coração do ser humano, permanecem também nos homens e mulheres do nosso tempo abertos, sempre e em todo o caso, para aquilo que o Beato Cardeal Newman chamava a «luz gentil» da fé.
As redes sociais, para além de instrumento de evangelização, podem ser um factor de desenvolvimento humano. Por exemplo, em alguns contextos geográficos e culturais onde os cristãos se sentem isolados, as redes sociais podem reforçar o sentido da sua unidade efectiva com a comunidade universal dos fiéis. As redes facilitam a partilha dos recursos espirituais e litúrgicos, tornando as pessoas capazes de rezar com um revigorado sentido de proximidade àqueles que professam a sua fé. O envolvimento autêntico e interactivo com as questões e as dúvidas daqueles que estão longe da fé, deve-nos fazer sentir a necessidade de alimentar, através da oração e da reflexão, a nossa fé na presença de Deus e também a nossa caridade operante: «Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, sou como um bronze que soa ou um címbalo que retine» (1 Cor 13, 1).
No ambiente digital, existem redes sociais que oferecem ao homem actual oportunidades de oração, meditação ou partilha da Palavra de Deus. Mas estas redes podem também abrir as portas a outras dimensões da fé. Na realidade, muitas pessoas estão a descobrir – graças precisamente a um contacto inicial feito on line – a importância do encontro directo, de experiências de comunidade ou mesmo de peregrinação, que são elementos sempre importantes no caminho da fé. Procurando tornar o Evangelho presente no ambiente digital, podemos convidar as pessoas a viverem encontros de oração ou celebrações litúrgicas em lugares concretos como igrejas ou capelas. Não deveria haver falta de coerência ou unidade entre a expressão da nossa fé e o nosso testemunho do Evangelho na realidade onde somos chamados a viver, seja ela física ou digital. Sempre e de qualquer modo que nos encontremos com os outros, somos chamados a dar a conhecer o amor de Deus até aos confins da terra.
Enquanto de coração vos abençoo a todos, peço ao Espírito de Deus que sempre vos acompanhe e ilumine para poderdes ser verdadeiramente arautos e testemunhas do Evangelho. «Ide pelo mundo inteiro, proclamai o Evangelho a toda a criatura» (Mc 16, 15).
Vaticano, 24 de Janeiro – Festa de São Francisco de Sales – do ano 2013.

BENEDICTUS PP. XVI

Presidente da UNIJOR-SG publica artigo contra o destombamento do 3º BI.

Presidente da UNIJOR, Frederico Carvalho,
é contra o destombamento da  área
que pertenceu ao 3º BI.


Habitações no BI: “Tudo pela Cidade Dormitório!”

Na década de 1960, por ocasião daquele triste episódio do incêndio do circo, Niterói não tinha como arcar com o número de mortos da tragédia. A solução encontrada, por boa vontade do município vizinho, foi enterrar as vítimas em São Gonçalo, numa área praticamente central, que servia de vista bucólica para o então Palacete do Mimi, um lugar de glamour e de grandes festas seletas, com gente importante circulando, dando a São Gonçalo a visibilidade que merecia no cenário de então. A vista bucólica se encheu de enterros, corpos, sepulturas... Aos poucos o Palacete foi perdendo o seu glamour. Os vivos ilustres deram lugar aos mortos da tragédia. A “Manchester Fluminense” começou a se desfigurar e a cidade se tornou “dormitório”. Aliás, não se libertou do título.
Em 2010, novo desastre abala São Gonçalo e Niterói. Uma enchente terrível vitima inúmeras pessoas em áreas ribeirinhas e próximas à Baía de Guanabara, em São Gonçalo. Em Niterói, o Morro do Bumba, formado a partir de entulho, desmorona. Mortos e desabrigados nos dois municípios. O lixão do Morro do Céu está superlotado. Corre o mesmo risco de desabamento. São Gonçalo socorre os desabrigados de Niterói com mais afinco do que cuida de seus próprios desabrigados do entorno de Itaóca. Na mesma Itaóca do então lixão condenado, caminhões e caminhões de lixo do Bumba foram vazados, inclusive com restos mortais humanos, sem o menor cuidado com a saúde pública. E a Itaóca sofrida ainda tinha que ter fôlego para socorrer Niterói quando ela própria precisava de socorro.
Construíram no Anaia, local de relevante cuidado ambiental, um “Aterro Sanitário”, que substituiria o Lixão de Itaóca, com higiene e proteção total ao meio ambiente. Muitos de nós já denunciávamos que o local fora mal escolhido, que se tornaria um lixão e que traria danos à população local. Estávamos errados? Anaia é lixão (lixão mesmo!) privado, no qual se vaza resíduos de São Gonçalo, Niterói, ou de qualquer lugar que ali quiser fazer o seu despejo. É ali, em meio ao mau cheiro, à insalubridade e aos urubus, que vão construir casas populares, quase que tratando pessoas como lixo e as despejando no próprio lixo. E São Gonçalo continua dando a sua contribuição pelo progresso dos outros, à custa de si própria.
Moradores do entrono de Itaóca, sofridos pelo lixo e pela mesma enchente do Bumba, ficaram abandonados e ainda perderam seu sustento, tirado do lixo, pela desativação do vazadouro local. Empresas assumem e tratam as famílias com descaso infindo, diferentemente da ação em Gramacho, em que os moradores foram bem tratados. Aqui desemprego, desabrigo, doença e fome. Mas o metano é uma grande fonte de renda para quem o recolhe. O pobre morre pelo bem estar financeiro de alguns ambiciosos.
E agora a área do 3º BI. Incursões insistentes sobre os políticos locais para destombamento da área. Área essa de importante projeção histórica e ambiental para o Município. Aqui querem construir casas populares. Mas        quem disse que precisamos de casas populares? Mais casas significa mais moradores. Moradores esses que vão trabalhar em Niterói, no Rio ou em Itaboraí. Aqui eles só vão dormir. “CIDADE DORMITÓRIO!” Dormem em São Gonçalo, trabalham oito horas por dia fora daqui, passam quatro horas em condução e não têm tempo para estudar ou para recrear. “CIDADE DORMITÓRIO!” E se não estudam não pegam as melhores posições de trabalho. Ganham pouco e gastam onde trabalham mais do que na própria “CIDADE DORMITÓRIO!” em que residem. Mesmo porque quem está em Venda da Cruz prefere pegar um ônibus para Niterói do que para São Gonçalo. É mais vantagem gastar lá do que aqui. Todo mundo ganha, menos São Gonçalo que só tem cultura por causa da abnegação de alguns e, diga-se de passagem, pela boa vontade do Secretário atual.
São Gonçalo não precisa aumentar o número de dormitórios. Ao contrário precisa acordar para seus reais problemas que, pela ordem, não apresentam habitação em primeiro lugar.
No 3º BI nós precisamos é de um quartel da PM, de um quartel de Bombeiros, de delegacia, de posto de saúde, de área de lazer, de ponto de cultura, de centro esportivo. Tudo o que se possa fazer pela preservação da identidade histórica e ambiental do Município, prestando serviços de qualidade para o Munícipe.
Mais do que habitação, nós precisamos de segurança porque as UPPs cariocas estão nos sufocando e nosso pobre 7º Batalhão tem pouco contingente para os que já moram aqui.
Mais do que habitação, precisamos de mais saúde, de mais escolas de qualidade, de turismo estimulado, de cultura sendo respirada nos quatro cantos deste rincão.
Não faltam áreas passíveis de desapropriação para construir casas populares. O que faltam são áreas de qualificação do trabalhador, condução digna, criação de empregos que permitam que se trabalhe perto de casa, com dignidade.
Se não acordarmos agora, continuaremos menosprezando São Gonçalo. Dorme-se aqui para se gastar lá. Quem dorme não precisa de serviços que qualidade. Esses são para os que estão acordados e ativos.
Abaixo o destombamento do BI!
Abaixo a subutilização do espaço!
Não queremos mais dormir. Precisamos acordar para o progresso!

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Primeira Postagem

União dos Jornalistas e Comunicadores de São Gonçalo
Criação do cartunista Ykenga Matos

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